Já que pessoas negras sobreviveram e reforçaram existências mesmo diante todos os processos violentos de um colonialismo que não acaba, demos o próximo passo para fazer a seguinte pergunta: quais vivências criar a partir daí? Quais referências seguir? O que nos talha e o que nos impulsiona - não apenas para a frente, mas em todas as direções possíveis e desejadas? Quais presenças configuramos no presente de nossas vidas? Concebida enquanto uma programação que daria vazão à experiência queer no cinema negro, a quinta sessão do Cineclube Mocambo, Ampliar as Vivências, transformou-se quase que por acaso num conjunto de curtas que demarcavam noções de identidade. Identidades em conflito, identidades esgarçadas, identidades que ainda precisam lutar para demarcar seu lugar no mundo, identidades plenas que não cabem em normas pré-concebidas. Para realizar essa conversa em torno dos curtas selecionados, contamos com a presença de Manu Zilveti, crítica convidada da sessão. Num debate ao vivo junto a Gabriel Araújo e Jacson Dias, curadores do Cineclube Mocambo, ela comenta os filmes em exibição na sexta-feira, dia 17, a partir das 20h. Assista à transmissão com tradução simultânea em Libras pelo canal do YouTube do Cineclube Mocambo.
Manu Zilveti é tecnóloga em Audiovisual pela Etec Jornalista Roberto Marinho e atualmente estuda cinema na Universidade Federal de Pelotas. Como realizadora, roteirizou e dirigiu "Outro Tempo" e "Abraços, Aline", curtas-metragens que rodaram dezenas de festivais e mostras pelo país. É desde 2018 curadora e cordenadora geral da OHUN: Mostra de Cinema Negro de Pelotas e atualmente contribui como redatora na revista Cinética. Nos últimos dois anos participou como crítica e júri em diversos festivais de cinema, entre eles: 22º Festcurtas BH (2020) em que escreveu pelo programa Corpo Crítico, Júri Jovem na 24º Mostra de Cinema de Tiradentes (2021), Cobertura Crítica e Júri Jovem no 5º Metrô Festival de Cinema Universitário (2021) e o Talent Press Rio (2021).